Todo brasileiro aprende nos primeiros anos escolares que Dom Pedro I foi o grande herói da Independência do Brasil. E quase todos ficam sabendo depois que não foi bem assim. E também que a personalidade do primeiro imperador do Brasil não era, digamos assim, das mais idôneas. Conheça algumas curiosidades sobre a vida do homem que teria dado o famoso “Grito do Ipiranga”. Ou não…
- Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Serafim de Bragança e Bourbon (ufa!), nasceu em 12 de outubro de 1798. Foi o quarto filho – o segundo homem – de Dom João VI e Dona Carlota Joaquina.
- Quando seu irmão mais velho, Dom Antônio morreu, em 1801, Dom Pedro passou a ser o segundo na linha de sucessão ao trono português, atrás apenas do pai. Assim, quando a corte portuguesa veio para o Brasil fugindo da invasão de Napoleão ao reino, Dom Pedro talvez nem sonhasse que se tornaria rei dentro de alguns anos. Mas não de Portugal, como se esperava.
- Dom Pedro I era portador de epilepsia. Há registro de que sofreu convulsões em público já em 1811, quando tinha 13 anos. Em 1816, durante as comemorações do aniversário de Dom João VI,
- o público presente testemunhou um ataque epiléptico sofrido pelo príncipe. As convulsões o acompanharam pela vida toda, de acordo com inúmeros registros em jornais da época.
- A vida amorosa e sexual de D. Pedro I era bastante agitada. Além de ser hiperativo e adorar praticar esportes, o primeiro imperador do país não perdia uma farra e estava sempre acompanhado de aventureiros e mulheres. Estima-se que, entre naturais e bastardos, o rapaz teve 18 filhos – mas o número pode chegar a 120!
- Dom Pedro com apenas 36 anos de idade. Apesar de jovem, sua saúde estava bastante debilitada. O médico particular de Dom Pedro I, o doutor João Fernandes Tavares, realizou uma autópsia do corpo do ex-imperador do Brasil. No relatório consta que havia sofrido fraturas em quatro costelas, provavelmente em função das inúmeras quedas de cavalo que sofreu.
- A autópsia revelou ainda que seu pulmão direito estava cheio de água e o esquerdo não funcionava mais, além de o coração se mostrar dilatado. Este órgão, aliás, foi retirado, embalsamado e enviado para a cidade do Porto, conforme desejava o próprio Dom Pedro I, e está guardado em urna na Igreja da Lapa até hoje.
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