Atualmente, um dos principais medos que mulheres grávidas sentem é com relação ao zika vírus. Essa doença, que é transmitida pelo Aedes Aegypti, o mesmo mosquito transmissor da dengue, pode afetar o desenvolvimento perfeito do bebê.
A doença foi diretamente ligada ao aumento do número de casos de microcefalia no Brasil desde o ano passado, e está preocupando outras áreas do mundo. De outubro a maio, 56 pessoas na Alemanha foram diagnosticadas com o vírus.
Já nos Estados Unidos, 591 casos importados (não contraídos no país) de zika foram diagnosticados segundo a Fox News. O país tinha registrado uma nascimento de bebê com microcefalia causada pelo zika em fevereiro, mas na ilha do Havaí. Na última terça, 31, New Jersey contabilizou seu primeiro caso de microcefalia por zika.
A mãe de 31 anos contraiu o vírus em Honduras. Ela estava nos Estados Unidos passando férias há 30 dias e procurando tratamento, segundo o Dr. Abdulla Al-Kahn, diretor da maternidade onde o bebê nasceu, que também disse: “Foi muito triste para nós ver um bebê nascer com essa condição“.
O Doutor Marcelo Luis Steiner, do Departamento de Ginecologia da Faculdade de Medicina do ABC, comenta alguns dos riscos com relação ao mosquito, e listamos os 5 cuidados e preocupações que mulheres grávidas devem ter para se proteger.
1. Conhecer as doenças que o mosquito causa
O mosquito Aedes Aegypti é o transmissor dos vírus das doenças conhecidas como zika, febre amarela, dengue e chikungunya. Para se prevenir, é importante evitar a picada do mosquito. E como fazemos isso? “Através do uso de roupas que cubram todo o corpo, como camisas de manga comprida e calças longas. Além disso, fazer a utilização de repelentes aprovados para uso na gravidez e dormir em quartos contendo proteção de tela e, se possível, ar-condicionado”, explica o Dr. Marcelo.
2. Estar atenta a possíveis sintomas
Os estudos sobre o zika vírus ainda estão no começo aqui no Brasil, mas o Doutor Marcelo afirma que alguns sintomas são febre, conjuntivite e aparecimento de manchas ou erupções na pele. O maior medo das mulheres grávidas é com relação a microcefalia, já que o zika vírus está associado a esse problema que pode afetar o desenvolvimento cerebral do bebê.
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3. Usar apenas repelentes ou aerossóis recomendados
Segundo Dr. Marcelo, “repelentes ambientais e inseticidas também podem ser utilizados em ambientes frequentados por gestantes, desde que sejam seguidas as instruções de uso descritas no rótulo”. O uso de citronela também pode ser considerado seguro!
4. Cuidados especiais com o recém-nascido
Da mesma forma que a mãe, é recomendado que o recém-nascido usem roupas que cubram seu corpo, já que o Aedes Aegypti pica de dia. “A utilização de repelentes para recém-nascidos é controversa, sendo importante conversar com o pediatra para cada caso ser avaliado individualmente”, afirma Dr. Marcelo.
5. Prevenir é a melhor proteção contra o zika!
O ginecologista dá a dica: “Proteger a casa, eliminando qualquer tipo de criadouro com água parada e a utilização de mosquiteiros é uma medida extremamente importante.” Descarte da forma correta pneus, garrafas e outros recipientes que podem acumular água. Tampe caixas d’água e coloque terra nos vasinhos, ao invés de água. Medidas super simples podem ajudar a prevenir uma doença perigosa. Fique atenta!
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