BOB DYLAN - HIGHWAY 61 REVISITED (1965): A música de abertura deste álbum transformou a carreira de Bob Dylan. Até hoje, Like a Rolling Stone é vista como uma das canções mais influentes do pós-guerra, marcada pelo seu refrão com a pergunta: "How does it feel?". Outro destaque do álbum é Ballad of a Thin Man, uma mistura do piano de Dylan com os acordes do órgão de Al Kooper na melodia, com um tom de protesto nos versos. O disco leva o nome da rodovia norte-americana que ligava a terra natal de Dylan (Minnesota) até a região do delta blues (no Mississippi) - lugar onde a guitarra e a gaita eram instrumentos predominantes, além dos estilos vocais mais introspectivos, que influenciaram as composições do músico.
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JIMI HENDRIX - ARE YOU EXPERIENCED? (1967): Este é o disco de estreia do trio de rock psicodélico formado por Jimi Hendrix no vocal e guitarra, Noel Redding no baixo e Mitch Mitchell na bateria. O grupo revolucionou o cenário musical da época, graças ao frontman da banda: um homem negro, canhoto e autodidata tocando uma Stratocaster de uma maneira nunca vista antes. Com uma mistura de influências que transitavam entre o blues e a psicodelia, Jimi foi responsável por criar um disco com solos que fazem qualquer bom apreciador de rock'n'roll viajar em seus acordes originais. A faixa de abertura, Purple Haze, se tornou icônica ao longo dos anos, assim como a famosa Foxy Lady, um hino sobre mulheres destruidoras de corações.
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THE BEATLES - SGT. PEPPER'S LONELY HEARTS CLUB BAND (1967): Considerado por muitos críticos como a obra prima dos Beatles, este álbum foi o ápice criativo do quarteto de Liverpool. Instrumentos como a cítara indiana e estilos como o jazz foram incorporados nas faixas do disco, servindo como influência para o rock progressivo que surgiria anos mais tarde com grupos como Pink Floyd, Genesis e outros. Faixas como Lucy In The Sky e Within You Withou You mostram bem os experimentos musicais psicodélicos dos Beatles. Sgt Pepper's ficou tão marcado na história da música que foi considerado pela Enciclopédia Oxford de Literatura Britânica como "o mais importante e influente álbum de rock'n'roll já gravado". O disco ocupa ainda a primeira posição no Rock and Roll Hall of Fame, uma lista dos 200 melhores álbuns da música mundial.
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BLACK SABBAT - PARANOID (1970): Segundo álbum da banda responsável por evidenciar o lado negro do rock, Paranoid apresenta o auge criativo do grupo formado por Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward. A faixa de abertura é uma declaração antiguerra e prepara os tímpanos para o riff matador de Paranoid, que serviria de molde para nove entre cada dez bandas de rock pesado que surgiriam nas décadas seguintes. O disco apresenta ainda a icônica Iron Man que, com seu riff vigoroso, já fez tremer estádios do mundo inteiro e fisgou milhões de jovens para as hordas do metal. Eletric Funeral e Hand of Doom dão continuidade ao clima pesado, e Fairies wear boots fecha o álbum com um hard rock que sugere alucinações como ver "uma fada de botas dançando com um anão". Uma verdadeira paranoia.
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THE WHO - WHO'S NEXT (1971): Apesar de muitos críticos duvidarem que o The Who pudesse fazer um novo disco à altura de Tommy, lançado em 1969, o Who's Next é considerado o melhor álbum da banda e também um dos que definiram a cena musical dos anos 70. Inicialmente, a ideia de Pete Townshed, o cérebro da banda, era fazer mais um ópera rock, que se chamaria Lifehouse. Porém o guitarrista entrou em colapso nervoso antes de concluir o projeto, provando que realmente há males que vêm para o bem. Who's Next se mostra primoroso em todos os aspectos e não deixa espaço para críticas. Os pontos altos do disco são as épicas Baba O'Riley e Won't Get Fooled Again. Entretanto, nenhuma das demais faixas deixa a desejar, a começar pelos vocais de Roger Daltrey, que injeta a dose certa (e afinada) de emoção, como em Behind Blue Eyes, e pela bateria pesada e destruidora de Keith Moon.
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LED ZEPPELIN - IV (1971): O quarto álbum do Led Zeppelin, considerado a obra prima da banda, veio apenas confirmar o prestígio que o grupo já detinha no mundo todo, conquistado graças aos três discos anteriores e às centenas de apresentações arrasadoras. A capa, sem qualquer indicação do nome da banda ou do título, sugere a confiança que Jimmy Page depositava no seu trabalho ao lado de Robert Plant, John Bonham e John Paul Jones, no melhor estilo "deixe a música falar por si". E falou alto. As duas primeiras faixas, Black Dog e Rock and Roll, figuram até hoje entre as canções mais pesadas da época, e abrem espaço para a balada épica Stairway to Heaven, a música mais conhecida da banda e talvez a responsável pela maior parte das vendas das mais de 30 milhões de cópias do disco. When the Levee Breaks vem para fechar o álbum com elegância. O hard rock de sete minutos é até hoje muito imitado, porém poucas vezes igualado.
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THE ROLLING STONES - EXILE ON THE MAIN STREET (1972): Nem mesmo a morte de um ex-integrante da banda, os problemas com a receita inglesa e o vício de Keith Richards em heroína impediram os Rolling Stones de produzirem aquele que seria considerado o melhor trabalho do grupo inglês. Em 18 faixas, sem grandes truques de estúdio, mas cheias de ótimas melodias e combinações de ritmos diferentes, como blues, R&B, soul e country, a parceria entre os guitarristas Mick Taylor e Richards encontrou o ápice em canções como Ventilator Blues, Cassino Boggie e nos covers Slim Harpo e Stop Breaking Down. A influência do blues aparece forte em faixas como Rip This Joint, com os vocais de Mick Jagger e o slide de Taylor em destaque.
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PINK FLOYD - THE DARK SIDE OF THE MOON (1973): Com mais de 45 milhões de cópias vendidas e com um tempo de permanência nas paradas de quase 750 semanas, este álbum do Pink Floyd mistura letras que retratam o que é viver no mundo moderno com diversos efeitos sonoros, sintetizadores, acordes e compassos complexos, além de vozes de pessoas comuns. O disco começou a ser gerado em um ensaio em Bermondsey, num galpão abandonado que pertencia aos Rolling Stones. Foi lá que o grupo começou a compor algumas melodias e onde Roger Waters criou as letras das canções. A capa icônica é de autoria de Storm Thorgerson, que uniu o sentimento de ambição e ganância presente nas letras à simplicidade, à força e à comoção que o tecladista Richard Wright queria estampar como cara do trabalho. A ideia do prisma foi aprovada com unanimidade pelos integrantes.
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THE CLASH - LONDON CALLING (1979): O terceiro álbum da banda britânica acabou se tornando um hino da juventude punk da época, graças às suas letras que abordavam temáticas sociais como o desemprego, o uso de drogas e conflitos raciais, influenciando toda uma geração. A faixa de abertura (que leva o mesmo nome do disco), conquistou o mundo com um vocal arrastado e guitarras estridentes, com um pé no funk e outro no punk, o que acabou agradando as muitas tribos urbanas da época. O disco conta ainda com uma mistura de estilos como o rockabilly, o jazz, o soul e o funk. As letras politizadas, somadas com a atitude nos palcos consagrou o The Clash como uma das melhores heranças do cenário punk da Inglaterra da década de 70. O London Calling, além de vender mais de cinco milhões de cópias, foi incluído no Rock and Roll Hall of Fame, onde figura entre os 100 melhores álbuns da música mundial.
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GUNS N' ROSES - APPETITE FOR DESTRUCTION (1987): O primeiro álbum do Guns quase passou em branco. Além de tocarem um hard rock ao melhor estilo Aerosmith, numa época em que o gênero não se encontrava em uma boa fase, os integrantes do grupo eram junkies mal encarados amantes das noitadas e viciados em sexo e drogas. Tudo para não dar certo. Entretanto, quase um ano depois do lançamento do disco, a MTV começou a rodar o clipe de Welcome to the Jungle nas madrugadas, o que ajudou a aumentar um pouco as vendas, que não iam nada bem. O mesmo aconteceu com o vídeo de Sweet Child O'Mine, e logo outras canções do álbum começaram a ganhar destaque no cenário musical. Com a publicidade alcançada com as performances e o comportamento extravagantes de Axl Rose e Slash, a banda norte-americana alcançou enfim seu lugar na história.
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NIRVANA - NEVERMIND (1991): O equilíbrio entre elementos do punk, do hard rock e do pop com a dose exata de raiva, angústia e doçura é o que caracteriza este álbum do Nirvana, e também o que fez com que o grupo definisse o som dos anos 90. Smells Like Teen Spirit, a primeira faixa do álbum, é o grande hit da banda e um dos hinos do rock do final do século XX. Ela leva como sequência In Bloom e Come As You Are, faixas que consolidaram a banda como maiores representantes do grunge, estilo ao qual o grupo foi vinculado. 25 anos depois de seu lançamento, a mistura de sentimentos bem expressa nas letras de Kurt Cobain, sustentadas por arranjos perfeitos do baixo de Kris Novoselic e da bateria de Dave Grohl, hoje vocalista e líder da banda Foo Fighters, Nevermind ainda se faz referência e move muitas jovens bandas ao redor do planeta.
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Texto: Érica Aguiar, David Cintra, Tamirys Seno. Edição: João Paulo Fernandes, Thamires Motta.