Para religiões cristãs, o paraíso é, geralmente, visto como a morada do Criador e para onde vão as pessoas que conseguiram o perdão dos seus pecados ou viveram conforme a palavra sagrada. Contudo, a cultura indígena tupi-guarani não possui essa crença.
Frederico Cesarino, mestre em sociologia e professor da Universidade Luterana do Brasil, explica que, diferentemente das culturas que acreditam em paraíso, os índios das nações falantes das línguas tupi-guaranis não têm essa visão. “Para eles, não há noção de paraíso, nem céu, mas sim uma ‘terra sem males’ ou Ybymarã-e’yma, local para onde todos irão e que perseguem como uma espécie de paraíso”, explica.
Esses povos acreditam que tudo é energia, chamada Nhanderuvuçú, e, portanto, pode ser transformada e reciclada. Frederico conta que, para a cultura indígena, após a morte, a parte material e espiritual se convertem, cabendo ao criador decidir em que será transformada.
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Consultoria: Frederico Cesarino, mestre em sociologia e professor da Universidade Luterana do Brasil, de Manaus (AM).
Texto: Redação Edição: Érica Aguiar Arte: Mary Ellen Machado