O que há de tão misterioso no prazer de dar uma mordida em um pequeno tablete de chocolate e sentir ele derretendo na boca? Ou ainda fazer um brigadeiro de panela e comê-lo em generosas colheradas?
Queridinho dos brasileiros (somos o terceiro maior produtor do doce no mundo), o chocolate traz benefícios e malefícios para a saúde do corpo e do cérebro. Mesmo sabendo disso, é difícil resistir a uma mordidinha “inocente” – e essa história já data de muitos e muitos anos, e o doce teve participação ativa até mesmo em conflitos como a Segunda Guerra Mundial.
Chocolate: como tudo começou
Há vestígios que indicam que o cacau era consumido pelos povos da América Latina desde 1400 a.C. No entanto, era utilizado como chá e seus grãos também serviam como moedas para trocas comerciais. Após a colonização espanhola na região (por volta de 1500), o cacau foi levado à Europa, onde começou a ser adoçado e transformado em sólido com o passar dos anos. Hoje, é encontrado em bombons, sorvetes, achocolatados em pó, tortas, biscoitos e, claro, ovos de Páscoa.
De acordo com a nutricionista Carolina Portezan, cada tipo de chocolate possui uma combinação diferente de ingredientes. “Por exemplo, o chocolate branco tem um teor maior de gordura, enquanto o chocolate ao leite é rico em açúcar. É isso que interfere na absorção pelo organismo”, explica.
Ainda segundo a especialista, o alimento proporciona a sensação de prazer e bem-estar e é uma grande fonte de energia para o organismo. A prova disso é que, durante a Segunda Guerra Mundial, para suprir a necessidade de alimentos, foram criadas rações de combate que eram distribuídas pelo Exército americano aos soldados no campo de batalha. Uma delas era a do tipo D, que consistia em uma barra de chocolate altamente calórica e com gosto ruim para que os soldados não criassem uma espécie de “vício” e não as consumissem em momentos desnecessários.
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Texto: Érica Aguiar – Edição: Victor Santos
Consultorias: Carolina Portezan, nutricionista da Apetit Serviços de Alimentação; Poliana Fernandes de Almeida, mestre em engenharia de produção, doutoranda em tecnologia bioquímico-farmacêutica pela Universidade de São Paulo (USP) na área de tecnologia de alimentos e professora no Instituto Federal de Educação de Mato Grosso (IFMT).
Fonte: O potencial de mercado para o chocolate, da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados.