Cuidar dos filhos, da casa, da comida e ainda trabalhar fora pode ser bem exaustante. E, na maior parte do tempo, todas essas funções são associadas às mulheres. Afinal, a sociedade cobra esse tipo de comportamento feminino devido à estrutura e padrões que vêm de séculos.
Porém, um detalhe muito importante costuma ser ignorado: a exaustão. Tanta batalha diária leva não só ao cansaço, como, muitas vezes, ao esgotamento mental — também conhecido como exaustão psicológica ou mental —, podendo resultar, inclusive, em uma doença: a Síndrome da Mulher Maravilha.
O que é?
A definição da síndrome é aquela mulher que não possui muitas escolhas e tem de “abraçar” diversas tarefas em seu dia a dia para dar conta das responsabilidades implicadas a ela. São muitas atividades que, somadas, sobrecarregam e desencadeiam gatilhos emocionais.
"Não podemos deixar de dizer que a mulher moderna lutou pela sua liberdade e, com isso, sente que precisa ser a melhor mãe, a poderosa no campo profissional, a esposa exemplar, dona de casa exímia e, além de tudo isso, ter um padrão de beleza exigido pela sociedade", explica a psicóloga Regina Alonso.
Sintomas mentais e físicos
Existem inúmeros sintomas que podem caracterizar a exaustão mental. Os principais são: desânimo, cansaço excessivo, sonolência, insônia, dificuldade de concentração, perda de memória, alterações constantes de humor, irritabilidade, depressão, perda ou ganho de peso, angústia e tristeza.
"A depressão e síndrome do pânico são trazidos nas sessões de psicoterapia. O sofrimento mental e psíquico são visíveis nas sessões e no dia a dia desta mulher. Fisicamente, em consultas, elas expressam queixas de dores de cabeça, insônia, dores pelo corpo, fraqueza, alergias, ganho excessivo de peso e emagrecimento", detalha a profissional.
Tratando a síndrome
A psicóloga conta que no processo terapêutico, diversas “mulheres-maravilha” se dão conta de que elas não precisam dar conta de tudo sempre. A partir disso, é possível encontrar o equilíbrio por meio da psicoterapia e, também, através de técnicas de respiração para ajudar a acalmar a mente, como na meditação, por exemplo.
Sobre o tratamento, é importante que a mulher tenha o diagnóstico da Síndrome da Mulher Maravilha percebido por meio dos sintomas e comportamentos apresentados, seja por um parente que sentiu mudanças significativas no estilo de vida dela ou mesmo um profissional de saúde que percebeu o alerta.
Depois, é necessário buscar ajuda de um profissional qualificado como o psicólogo, que ajudará a ver caminhos diferentes, mostrando de que maneira lidar com esse problema e desconstruir crenças limitantes de como ser mulher. É através do processo terapêutico que ela poderá ressignificar sua história de vida e seguir adiante com qualidade de vida física e emocional.
Fonte: Regina Alonso, psicóloga e psicoterapeuta corporal.