Muitas pessoas acima de 60 anos ainda têm dificuldade em manter uma rotina ativa, vivendo de forma sedentária. O problema é que isso aumenta as limitações físicas do envelhecimento, trazendo problemas como dores articulares, perda de mobilidade e insegurança com o próprio corpo.
Um dos maiores desafios dos idosos na hora de pensar em começar um exercício físico é a dificuldade ou receio de ir até uma academia. Por isso, atividades como o pilates em casa são uma boa opção para retomar os movimentos com segurança e dentro do próprio lar.
A proposta é da fisioterapeuta e educadora física Vanessa de Andrade, que desenvolveu uma metodologia de baixo impacto adaptada para o ambiente domiciliar. A especialista criou uma rotina de exercícios simples utilizando apenas objetos do cotidiano, como cadeiras, travesseiros e cabos de vassoura.
“O corpo envelhece, mas ele responde ao estímulo certo. A chave está em respeitar os limites e oferecer uma prática possível e contínua. A perda de mobilidade não é definitiva. O pilates estimula os músculos estabilizadores, melhora o equilíbrio e devolve segurança para quem tem medo até de sair de casa”, afirma Vanessa.
Para iniciar, a recomendação é buscar vídeos guiados por profissionais qualificados e utilizar um espaço tranquilo da casa. “Não precisa de roupa especial nem de equipamentos caros. O que é essencial é o compromisso com a própria saúde”, afirma Vanessa. Lembre-se também de sempre respeitar as suas limitações, buscando exercícios que se adequem a você.
Benefícios do pilates em casa na terceira idade
Primeiramente, um levantamento da Universidade de Miami mostrou que idosos praticantes de Pilates apresentaram melhora no equilíbrio e redução de dores articulares. Já o Journal of Sports Science & Medicine aponta que a flexibilidade pode aumentar até 40% após dois meses de prática regular.
“A constância é mais importante do que a intensidade. Com 15 minutos diários, já é possível notar melhoras na postura, na disposição e no controle da respiração”, reforça Vanessa.
Por fim, além dos ganhos físicos, a prática atua sobre o bem-estar emocional. Durante e após a menopausa, por exemplo, o Pilates colabora para o equilíbrio hormonal, reduz o cortisol (hormônio do estresse) e aumenta os níveis de endorfina, promovendo relaxamento e autoestima.
“O autocuidado é um direito. E a saúde precisa ser possível, mesmo com orçamento limitado”, ressalta a especialista.
